Nos últimos meses, enquanto o foco seguia nos grandes players da mobilidade, algo vem mudando discretamente nas ruas do Brasil — e talvez você nem tenha percebido. Sendo assim, motoristas de app que antes atuavam exclusivamente com o transporte de passageiros começaram a migrar para o transporte de cargas e encomendas. Afinal, o setor logístico vem oferecendo vantagens como rotas mais curtas, menos desgaste e ganhos mais previsíveis. Pode parecer um movimento isolado, mas essa mudança silenciosa já está transformando a logística urbana brasileira.
Por que os motoristas de app estão fazendo essa migração?
De forma prática, existem três motivos principais:
- Menos quilometragem: enquanto o transporte de passageiros exige longas jornadas e muitos deslocamentos por dia, o delivery de cargas permite rotas mais organizadas e previsíveis.
- Mais previsibilidade: os ganhos no transporte de encomendas tendem a ser mais estáveis — o que atrai quem busca segurança financeira.
- Menos desgaste emocional: sem a necessidade de lidar com clientes insatisfeitos, notas baixas ou corridas arriscadas, muitos motoristas encontram no delivery uma alternativa menos estressante.
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O que muda para o setor de logística depois dos motoristas de app?
Essa migração traz novos desafios — e também oportunidades — para transportadoras e operadores logísticos:
- A oferta de motoristas disponíveis aumenta, o que pode ajudar empresas a expandirem suas malhas urbanas.
- O perfil desses motoristas costuma incluir familiaridade com aplicativos, rotas urbanas e tecnologia móvel.
- Por outro lado, o processo de integração precisa ser bem feito: é necessário capacitação, controle de qualidade e sistemas que ajudem a coordenar essa força de trabalho.

Como o TMS entra nessa revolução?
Essa mudança só faz sentido se houver tecnologia para dar suporte. Aqui, o TMS (Sistema de Gerenciamento de Transporte) desempenha papel essencial:
- Distribuição inteligente das rotas: permite equilibrar entregas entre motoristas, evitando sobrecarga ou trajetos mal otimizados.
- Monitoramento em tempo real: garante que a empresa saiba onde está cada entrega, o tempo estimado e possíveis desvios.
- Indicadores de desempenho: ajuda a avaliar a performance desses novos motoristas na operação.
Assim, o que poderia ser só uma substituição de mão de obra, vira estratégia logística.
Estamos diante de uma nova era?
Ainda é cedo para dizer, mas os sinais são claros: motoristas estão enxergando na logística uma nova forma de trabalhar, e as empresas estão percebendo nisso uma chance de crescer com mais eficiência. A logística urbana está mudando, e quem se adapta primeiro, sai na frente.
Conclusão
A revolução dos motoristas de entrega não vem com sirenes nem manchetes — mas já está impactando operações, rotas e modelos de negócio em todo o Brasil. Com o suporte certo de tecnologia, especialmente um TMS robusto, essa mudança pode ser uma das melhores oportunidades logísticas dos últimos anos.